quarta-feira, novembro 29, 2006

Baterias_Cow Eyes

Segunda-feira, dia 27: primeiro dia oficial de gravações. Não estive presente durante a gravação propriamente dita; apenas nos 5 minutos reservados para a arrumação da sala – tempo apenas para ouvir o último take de bateria gravado. O que já é suficiente...
Esta primeira semana será reservada para as baterias. O Bruno e o Luís optaram por começar pelo “COW EYES”, a primeira ideia do Luís que conseguimos oficialmente concretizar até ao fim. Sempre imaginámos que esta seria a música que resultaria de uma visita do Frank Black, dos Pixies, à casa do Lou Barlow, dos Sebadoh. Os tipos cumprimentavam-se, bebiam uma cerveja, pegavam em duas violas de caixa e o que surgiria seria uma coisa próxima desta ideia...
No texto anterior já tinha sugerido que estas novas músicas tinham um carácter mais “orgânico”, provavelmente pelo facto de, durante a elaboração das mesmas, nos termos cingido aos instrumentos clássicos do rock – baixo, guitarras, bateria e pouco mais... – ao invés de experimentarmos as ondulações electrónicas de samples e teclados; algo muito mais explorado nas músicas que compõem o “Latest Rags”. E é interessante notar que o processo de gravação, até agora, segue esta distinção: enquanto nas últimas músicas que gravámos recorremos, sistematicamente, à montagem de pequenos samples de bateria tocados pelo Bruno até chegarmos a um todo, nestas a bateria está a ser gravada de uma ponta à outra, sem cortes. O que poderá ser mais arriscado, por um lado, mas que, muitas vezes, conduz a resultados inesperadamente interessantes – como o facto de termos, no fim do take gravado, por lapso, um prato a soar no momento em que devíamos ouvir um timbalão...

Väsq

sexta-feira, novembro 24, 2006

Unprinted spaces

Começámos oficialmente a gravação de mais músicas.

Depois das quatro músicas agridoces que compõem o LATEST RAGS ("Sweet explosions", "Dynamite unity", "La magie paralysante", "The sugar possibility"), reunimos novamente os ingredientes necessários para recomeçar a engrenagem de estúdio: tempo sem concertos marcados, disponibilidade mental, uma garrafa de vinho tinto, quatro copos e quatro músicas mais ou menos diferentes (eu diria mais "orgânicas"...) das que gravámos anteriormente ; muito provavelmente, das melhores coisas que fizemos até ao momento ("Cow eyes", "Near-life weather broadcast", "Single bedroom", "Satellite").
Desta vez com mais microfones, mas sempre gravado no estúdio que maior acolhimento nos transmite: o nosso local de ensaio.

O blog funcionará, a partir de agora, como diário de bordo das sessões de gravação.

Väsq